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Capítulo 1 - Primeiro dia no Ensino Médio.
"...Zep- !"
"Ze...r!"
"Zep...r!"
...
Ao longe, Zephyr, que acabara de acordar, pôde ouvir os passos apressados de sua mãe em direção ao seu quarto.
"Zephyr! Filho, venha tomar o café da manhã. Hoje é o seu primeiro dia de aula!"
Zephyr havia ido dormir extremamente tarde no dia anterior devido aos preparativos para o primeiro dia de aula, agora como estudante do primeiro ano do Ensino Médio.
"Certo... Já vou... Mais cinco minutinhos..."
"Nada disso, vamos!"
Com o mesmo tom de sempre, sua mãe se aproximou da cama e puxou o cobertor e, em seguida, o travesseiro, deixando o jovem sem outra opção. Com suas chances de barganhar com a mãe agora impossíveis, ele deixou o quarto e foi direto para o banheiro para lavar o rosto, escovar os dentes e arrumar seu cabelo. Após sair do banheiro, dez minutos mais tarde, ele conseguiu arrumar sua aparência, exceto pelas olheiras.
"Bom dia, Mamãe. Bom dia, Cathy. Onde está o Kuro?"
"Eu não o vi desde que acordei, filho. A que horas começa a cerimônia do primeiro dia de aula?"
"Começa às 9h00." respondeu Zephyr enquanto coçava seu olho esquerdo.
"Bom dia, Zephyr!"
Cathy era a irmã mais nova de Zephyr. Ela tinha apenas nove anos. Ambos tinham uma relação perfeitamente saudável, algo raro, e Zephyr realmente amava muito sua irmã mais nova. Cathy tinha cabelos que iam até o final das costas e uma coloração avermelhada. Seus olhos eram verdes, como uma esmeralda, exatamente como os olhos de sua mãe. Porém, diferente de Cathy, sua mãe tinha cabelos negros. Zephyr havia herdado os olhos avermelhados de seu pai, assim como sua mãe, mas seus cabelos eram negros. Seu pai era um Despertado, com olhos e cabelo vermelhos. No entanto, Zephyr mal conseguia estar próximo a ele devido à importância de seu poder. O nome de seu pai era Skye.
Por esse motivo, Zephyr e Cathy cresceram na maior parte do tempo, com sua mãe, já que seu pai raramente tinha tempo para dedicar à família. Zephyr entendeu desde cedo que seu pai tinha grande importância dentro da nação e, por isso, ele aproveitava ao máximo o tempo que tinha disponível ao lado dele. Sua irmã, por sua vez, ainda era muito nova para formar qualquer opinião sobre a constante ausência de seu pai e, sem perceber, ela via Zephyr como uma figura paterna.
Já a mãe de Zephyr não era uma Despertada. A idade em que os humanos geralmente se tornavam Despertados não existia, mas certamente ser um deles era algo almejado com fervor quase que todos no planeta.
Enquanto engolia o café da manhã, uma voz vinda do chão disse:
"Como sempre, você está engolindo o café da manhã. Parece que gosta de deixar seu familiar preocupado, Zephyr."
"Kuro!"
Zephyr se abaixou e acariciou suavemente o maxilar do gato negro que estava no chão. Aquele era Kuro, seu familiar. Eles eram criaturas extremamente inteligentes e versáteis em qualquer coisa que seu mestre desejasse. Kuro era um Tigre Negro e, em sua forma de familiar, ficava cerca de dez vezes menor, do tamanho de um gato comum. Ele havia sido domesticado e treinado por seu pai especialmente para Zephyr, tornando a amizade entre eles inseparável.
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